Sábado, 15 de Setembro de 2007

GNR: ALGUMAS IDEIAS QUE CIRCULAM

          Com origens diversas, fruto de sugestões de observadores independentes ou eventualmente de sopros fantasmagóricos, sob a forma de conversas “de café” ou “de caserna”e veiculadas pela blogosfera, andam por aí algumas ideias não oficiais sobre a evolução da Guarda.

          Num novo período de tempo de vésperas, não defendendo e mesmo contrapondo alguns pontos de vista mas mantendo uma postura metodológica de abertura, convém prestar-lhes atenção pois podem influenciar o processo.

 

José Tavares, no blog Do Miradouro

§  A estrutura superior de comando da Guarda está inflacionada, com prejuízo para as unidades operacionais.

§  A Guarda tem razão de ser enquanto tiver capacidade para actuar em cenários de guerra.

§  O emprego da GNR em acções de SAR não torna necessário ter generais nos seus quadros nem obriga a usar os mesmos nomes para as funções.

§  .      Para evitar generais “de segunda”, podem dar-lhes outros nomes.

 

Guarda Abel, nos blogs Do Miradouro e Securitas:

§  Atenda-se ao preconizado pelo MAI Alberto Costa: distinguir a actividade policial da administração e direcção das instituições policiais.

§  Continuo a pronunciar-me contra a descaracterização institucional da GNR, à qual deve ser reconhecido um valor específico no sistema de segurança.

§  È possível a separação da esfera própria duma direcção nacional, civil, da esfera dum comando operacional, militar.

§  Linhas possíveis para orientar a reforma:

Respeitar a terminologia da CRP e definir a GNR como força militarizada de segurança interna.

            Redesenhar carreiras, com hierarquia específica.

Formar os oficiais em escola da GNR, sem prejuízo da formação estritamente militar e complementar ser realizada em estabelecimento de ensino superior militar.

Afectar À Guarda competências exclusivas em domínios da segurança interna, justificadas pela capacidade operacional e não pela “natureza”.

 

Guarda Abel, no blog Securitas:

§  O caminho para a GNR ser viável é apostar na diferenciação ou na especialização de funções, as quais deverá procurar exercer em exclusivo e, sobretudo, apostar na valorização dos seus recursos humanos.

§  A Guarda encontra-se dilacerada entre transformar-se numa Guarda Nacional (resvalando para o campo da Defesa Nacional, 4º Ramo) ou transformar-se numa Polícia rural, encaixando-se nos nichos não disputados pela PSP (o que garante permanência e identidade no sistema de Segurança Interna).

§  Disputar com a PSP a afectação de competências próprias no domínio da Segurança Interna, procurando equilíbrios e compromissos, não resolve a permanência e individualidade neste Sistema.

§  A GNR terá que admitir uma progressiva civilinização, abdicando de aspectos da sua cultura organizacional e depurando outros, adaptados à sua própria realidade. Trata-se de salvar o que há a salvar na putativa matriz militar.

§  Algumas linhas para reformar a GNR sem atender a lobies:

Introduzir uma Direcção nacional.

Circunscrever os generais em comissão de serviço ao comando operacional, subordinados à Direcção Nacional.

Respeitar a terminologia da CRP e definir a GNR como força militarizada de Segurança Interna.

Redesenhar as carreiras, com nomenclatura específica.

Formar os oficiais em Escola da GNR, sem prejuízo de a parte estritamente militar e complementar poder ser feita em estabelecimentos de ensino superior militar.

Afectar à Guarda competências exclusivas em domínios da Segurança Interna, justificando-as pela capacidade operacional.

publicado por Zé Guita às 09:40
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5 comentários:
De Zé Guarda a 16 de Setembro de 2007 às 01:43
O acesso dos oficiais à GNR deverá ser efectuado através de concurso público a licenciados em direito(armas), gestão de empresas, economia, informática, etc (serviços). Após isso é-lhes ministrada formação durante 2 anos sendo o 1º na EP onde receberão formação sobre as matérias relacionadas com a GNR, o 2º ano será em estágio pelas Unidades.
A licenciatura deverá facultar o acesso até ao posto de capitão, para ser oficial superior será necessário um mestrado, para ser general será necessário um doutoramento, isto tudo claro fora das horas de serviço e a expensas dos interessados, e não como agora com o CAA.


De Paulo sempre a 17 de Setembro de 2007 às 17:41
É esse o espírito do legislador (ver Artº 213º do EMGNR). Porém, 14 anos depois....,tudo na mesma (ausência de regulamentação do artigo)!. 14 anos...é uma "vida".
Abraço


De Paulo sempre a 17 de Setembro de 2007 às 17:42
É esse o espírito do legislador (ver Artº 213º do EMGNR). Porém, 14 anos depois....,tudo na mesma (ausência de regulamentação do artigo)!. 14 anos...é uma "vida".
Abraço


De ex-guita a 19 de Setembro de 2007 às 18:03
Por acaso não acham tudo isto um exagero? Já agora os soldados com o 12º ano e frequência universitária e os sargentos com bacharelato. E depois quem fazia o serviço? Ex-guita


De Paulo sempre a 23 de Setembro de 2007 às 17:01
Ex-Guita
A questão é juridica!
Se não havia quem fizesse o serviço é outro assunto. Não estamos a falar de recursos humanos. Estamos a falar dos diplomas legais que criam expectativas, direitos e que depois são defraudados devido à omissão do dever de legislar/regulamentar, por parte do Governo.
Imagine que enquanto no activo lhe criavam por decreto uma expectativa/direito de que a sua pensão de reforma seria de 1500 Euros e depois recebia 950 Euros? Bem...até podia ficar contente ...nunca se sabe..
Abraço


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