Terça-feira, 30 de Setembro de 2008

EQUÍVOCOS DA DESMILITARIZAÇÃO

          O movimento ideológico e político defensor da desmilitarização dos corpos militares de polícia esteve na moda  e ainda não terminou completamente. Os casos grego, belga e austríaco são motivos para estudo desapaixonado. A desmilitarização terá sido sobretudo formal e mesmo  aparente. 

          A desmilitarização, invocada por vezes com razões de facto outras vezes por motivos corporativistas e oportunistas, outras ainda por moda, acabou por constituir assunto justificativo para reorganizar profundamente a polícia.

          Aos diversos actores envolvidos na reorganização, há que recordar uma realidade que se tem mantido quase silenciada: em simultâneo com a policialização/desmilitarizaão dos corpos militares de polícia verifica-se uma cada vez mais forte militarização dos corpos civis de polícia. Para lá das operações cosméticas que visam afastar o "fantasma de César", desenvolvem-se nos corpos civis de polícia características militares que configuram e favorecem o "fantasma de Fouché".

          A militarização crescente dos aparelhos policiais ditos civis é notória na multiplicação das unidades especiais de intervenção com figurino militar (comando, armamento, uniformes, mentalidade, treino),  tanto na Europa como na América.

           Pode constatar-se que é a natureza da conflitualidade a enfrentar que determina o tipo de força a empenhar. E as ameaças são cada vez mais frequentes e complexas, o que exige forças da ordem cada vez mais bem organizadas e musculadas. Tudo levando a apontar como falacioso o argumento da desmilitarização policial. 

           

publicado por Zé Guita às 15:41
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3 comentários:
De Zé da Fisga a 1 de Outubro de 2008 às 19:45
Li aqui algures que as policias dos estados de colúmbia e um outro que agora não me ocorre tinham sido militarizadosporque assim é entendido que teriam melhor desempenho.Contrates. Zé da Fisga


De Paulo Sempre a 3 de Outubro de 2008 às 00:34
Corpos de polícia e corpos especiais de tropas cada vez mais militarizados.
Um Estado cada vez mais laico e os responsáveis máximos dos referidos corpos cada vez mais políticos, têm, na minha opinião, "esvaziado" a «alma castrense» de virtudes, qualidade, crenças, motivações e motivações seculares. daqueles que, ainda há pouco tempo, faziam da profissão um salutar sacerdócio.
Em consequência do referido esvaziamento, foram quebrados os «laços» de "família profissional" quando não os "pilares" que sustentavam a coesão de grupo, a disciplina, a lealdade e a abnegação "desmedida".
Quando não se vislumbra o sentido inequívoco do rumo, quando as expectativas são continuamente frustradas, quando a lembrança de "Santa Barbara" só existe quando a criminalidade e a desordem publica aumentam, quando se decide em função de interesses pessoais ou de partidos políticos, - ao invés do interesse publico -, quando há silêncios enternecedores quanto ao futuro,
tudo se transforma em marionetas quando não em peças de "xadrez" .


De *** a 5 de Outubro de 2008 às 18:52
A 5 de Outubro de 1911, chegou a Portugal, mais precisamente a Lisboa, de forma simbólica, a Deusa da Democracia e da Liberdade: veio anunciada por Hermes, o mensageiro dos deuses gregos, trazendo este, na mão, uma tocha, empunhada como na Estátua da Liberdade dos E.U.A. Vinha sentado, dando excelência à deusa. Vieram num barco que, no sentido figurativo, partira da Guerra Civil Americana, passara pela Revolução Francesa, chegando ao nosso país no 1º Aniversário da Instauração da República em Portugal, representado num carro alegórico apresentado pela maçonaria no cortejo que passeou naquele dia, pelas ruas e avenidas da capital portuguesa.

E a Maçonaria....ficou. Secreta com é apanágio da dita...


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